Por Victor M. Amela
Atenção! As informações contidas aqui não visam, em
nenhum momento, depreciar cristãos e muito menos combater sua fé, convicções e
teologias, simplesmente retransmitir informações de um estudioso em religião.
Entrevista publicada na Revista "La Vanguardia"
em Espanha com o teólogo Llogari Pujol (foto ao lado).
“No início Llogari Pujol amava tanto a Jesus que decidiu
abdicar de sua vida pessoal para servi-lo, ajudando a espalhar suas mensagens
de amor à humanidade. Com essa determinação entrou para o Seminário de Vic,
onde estudou por sete anos. Em seguida fez teologia na Universidade de
Estraburgo e estudou textos bíblicos e egípcios por mais dez anos, aprendendo
demótico em Sorbonne – Paris (com Mme. De Cenival) para ler nos textos
originais. Já como Sacerdote continuou estudando textos antigos quando
descobriu que os Evangelhos foram baseados em antigos textos egípcios. Isto o
abalou profundamente, quase levando-o a loucura e a morte. Ao fim, perdeu sua
fé, abandonou o sacerdócio, casou-se com uma companheira de estudos e juntos
escreveram “Jesus, 3.000 anos antes de Cristo”.
Entrevista:
Victor
M. Amela – O senhor poderia se apresentar aos nossos leitores?
Llogari
Pujol – Tenho 62 anos e nasci em Taradell (Barcelona, Espanha).
Fui Sacerdote, sou teólogo e investigo as fontes egípcias dos Evangelhos.
Casei-me com a historiadora Claude-Brigitte Carcenac e temos dois filhos:
Laetititia (20 anos) y Joan Tomás (14 anos). Hoje sou agnóstico.
Victor
M. Amela – Como resumiria o livro que escreveu com sua esposa?
Llogari
Pujol - Os evangelistas construíram a vida de Jesus utilizando
textos egípcios.
Victor
M. Amela – Natal: o filho de Deus nasceu. Mas não faz 2.000 anos,
há uma defasagem no calendário de três ou quatro anos, certo?
Llogari
Pujol - Não me refiro a três ou quatro anos´. Falo de 5.000
anos! A idéia do menino-deus nasceu 3.000 anos antes de Cristo.
Victor
M. Amela – Como? A que menino-deus se refere?
Llogari
Pujol – Ao Faraó. À figura do Faraó do Antigo Egito: ele era
considerado “filho de Deus”.
Victor
M. Amela – Não vejo a relação entre o Faraó e Jesus.
Llogari
Pujol – Esta é a questão, o ponto: atribuíram a a Jesus os
ensinamentos e os rasgos característicos do Faraó.
Victor
M. Amela – Bom, quiçá haja coincidências, mas…
Llogari
Pujol – Não se trata somente de coincidências, os paralelismos
são infinitos! A 3.000 anos a.C. o Faraó era considerado filho de deus, como
Jesus. O Faraó era ao mesmo tempo humano e divino, como Jesus. Sua concepção
era anunciada à mãe, como Jesus. O Faraó ressuscita, como Jesus. O Faraó
ascende aos céus, com Jesus…
Victor
M. Amela – Jesus é um clone do Faraó? Que coisa…
Llogari
Pujol – Você sabe a oração do Pai-Nosso, que nos dizem que Jesus
criou e ensinou?
Victor
M. Amela – É claro. “Pai nosso que estais no céu, santificado seja
teu nome….”
Llogari
Pujol – Pois essa oração se encontra em um texto egípcio do ano
1.000 a.C! conhecido como ‘Oração do Cego’. Nesse mesmo texto estão também as
que logo seriam as Bem aventuranças de Jesus. Ouça-me, toda a teologia do
Antigo Egito manifestar-se-á em Jesus: “a teogamia (matrimônios divino) vem do
Egito; deus engendra em uma rainha o novo Faraó; em demótico (texto egípcio do
ano 550 a.C.), em ‘O Conto de Satmi’, está escrito que ‘A sombra de deus apareceu
a Mahitulket e lhe anuncia’ que ‘Terás um filho e ele se chamará Si-Osiris’”…
Victor
M. Amela – E o anjo da anunciação, Maria.
Llogari
Pujol – “Mahitulket significa ‘cheia de vida’ e Si-Osiris
significa ‘filho de Osíris’”.
Victor
M. Amela – E quem é Satmi, nesse conto?
Llogari
Pujol – O esposo de Mahitulket. Satmi significa ‘o que acata a
Deus’, exatamente o mesmo que se fará com José, chamado ‘o justo’ pelos
Evangelhos.
Victor
M. Amela – Herodes quer matar a Jesus…
Llogari
Pujol – Na mitologia egípcia Seth quer matar ao bebê Hórus, e
sua mãe, Ísis, foge com ele, exatamente como a Sagrada Famíli
Victor
M. Amela – E o ouro, o incenso e a mirra…
Llogari
Pujol – Os egípcios os tinham como emanações do deus Rá. O ouro
era sua carne, o incenso seu perfume e a mirra sua germinação.
Victor
M. Amela – E os pastores?
Llogari
Pujol – Imagens do bons pastores estão pintadas em centenas de
vezes em templos egípcios.
Victor
M. Amela – E a circuncisão de Jesus?
Llogari
Pujol – A circuncisão masculina era prática comum entre os
sacerdotes egípcios.
Victor
M. Amela – A discussão de Jesus menino com sábios judeus?
Llogari
Pujol – No conto de Satmi, Si-Osíris, aos 12 anos, discute
frente a frente com os sábios do templo, assim como Jesus, nos Evangelhos!
Victor
M. Amela – E do batismo de Jesus, o que me diz?
Llogari
Pujol – Contemple esta imagem de um sacerdote batizando o Faraó
com água do Nilo. Tudo está em antigos textos, pinturas e baixo-relevos
egípcios. Olhe este, do ano 3.000 a.C.: o rei Ptolomeu está prostrado ante Ísis
e ela lhe he diz: “Dar-te-ei todos os reinos da terra”. Nos Evangelhos, Satanás
tentará Jesus copiando isso, palavra por palavra.
Victor
M. Amela – E que me diz dos milagres de Jesus?
Llogari
Pujol – Vê esta pintura de um banquete? Está na tumba egípcia de
Paheri (1.500 a.C.): encena a conversão de água em vinho pelo Faraó. O mesmo
milagre que fará Jesus nas Bodas de Canaã. E conte as jarras…
Victor
M. Amela – Uma, duas, três… seis jarras. E daí?
Llogari
Pujol – No milagre de Jesus, as jarras são seis. Os teólogos
ainda se perguntam: por que seis? Pois até a quantidade de jarras foi copiado
do relato egípcio.
Victor
M. Amela – Também o Faraó fez o milagre de multiplicar pães e
peixes?
Llogari
Pujol – Não, isso o fez o deus Sobk, como conta o “Textos da
Pirâmide” do ano 3.000 a.C. Sobk é o deus crocodilo e dá pescado e pão branco
às pessoas da margem do lago Faium… E caminha por sobre as águas. Já captou?
Victor
M. Amela – Já…
Llogari
Pujol – Uma curiosidade: nas pinturas góticas sobre as cenas da
pesca milagrosas dos apóstolos foi descoberto que os peixes são “tilápias
nilóticas”, espécie que só existe no rio Nilo.
Victor
M. Amela – Algum outro paralelismo?
Llogari
Pujol – O relato de Sinuhé (2.000 a.C): é um príncipe que teme
reinar, e se vai da corte ao deserto, entre beduínos e calamidades…
Victor
M. Amela – Mas Jesus entra triunfal em Jerusalém!
Llogari
Pujol - Sim, já como “rei”… e sobre um asno. Ou seja, vencedor
sobre o mal: o asno no Egito era Seth, o deus que matou a Osíris y ao que o
filho deste, Hórus submete e monta.
Victor
M. Amela – E sobre a última ceia?
Llogari
Pujol – Osíris, deus do trigo, ao morrer cada ano, permitia aos
egípcios alimentar-se com seu corpo (pão). Nos “Textos das Pirâmides”, se chama
também “Senhor do vinho”. E Osíris dá a beber seu sangue em um copo a Ísis,
para que ela o lembre depois de sua morte!
Victor
M. Amela – A ressurreição e ascensão de Jesus são também imitação
da teologia faraônica?
Llogari
Pujol – Sim. Existia um ritual de “ressurreição” do Faraó morto
– intervinham mulheres – após o que “ascendia aos céus”.
Victor
M. Amela – Jesus reproduziu pela consciência esses padrões, ou lhes
deram os evangelistas?
Llogari
Pujol – Minha tese é outra. Acredito que os Evangelhos foram
compostos por eruditos sacerdotes judeu-egípcios do templo de Serapis em
Sakkara (Egito) que, por razões ainda desconhecidas, traduziram palavra por
palavra textos egípcios. Acredito que essas primeiras traduções mantiveram os
atores e cenários originais, e milhares de anos depois, talvez já durante o
império romano, os atores foram trocados para judeus e os cenários para israel.
Logo contarei tudo em um livro.
Victor M. Amela, jornalista espanhol

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