domingo, 18 de março de 2012

Desencantar um Lobisomen

 Com referência ao Rio Grande do Norte, além de nos dizer como se "desencanta" o lobisomem, nos diz, também como proceder para que o lobisomem não se "desencante" jamais.

Eis a fórmula original:

"Se esconderem a roupa que o lobisomem deixou na encruzilhada ou desfizerem os sete nós, ficará ele todo o resto de sua existência um bicho fantástico. Não há notícia de transformação depois da morte."

O seu destino entretanto, pode ser alterado, se alguém se atrever a fazer-lhe um ferimento com um espinho que o faça sangrar, ou queimando suas roupas abandonadas durante a metamorfose. Para desencantar um lobisomem, também pode-se feri-lo usando uma bala untada com cera de vela acesa durante três missas de domingo ou na Missa do Galo, rezada na meia-noite de Natal. A faca, a foice, uma simples furadela de canivete, desencanta o fado.

Há também uma forma de transmitir este fado: quando um lobisomem já velho, pressente que vai morrer e tem necessidade de passar seu cargo à outrem. Se alguém lhe fizer a simples pergunta: "Tu Queres?", desconfie, pois pode ser um lobisomem tentando lhe passar sua herança.

Existem também os lobisomens-assombrações, que são aqueles que morreram antes do cumprimento de seu fadário. Muito agressivos, apresentam-se na forma de um grande e feroz cão branco. Não se consegue matá-lo, só exorcizá-lo.

Fonte:
www.tribodosgoticos.com

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